Com mais ação e menos filosofia, 3º ano de "The Walking Dead" estreou nesta terça (16) no Brasil.

Todos os fãs de "The Walking Dead" que acharam a segunda temporada muito calma e filosófica, quase pastoral naquele ambiente da fazenda de Hershel (Scott Wilson), vão ficar satisfeitos com o episódio de abertura do terceiro ano, que estreou no Brasil nesta terça-feira (16), no canal de TV por assinatura Fox, dois dias depois da exibição na TV norte-americana.

"Seed", o primeiro episódio da terceira temporada de "The Walking Dead", começa no olho de um zumbi e termina no absolutamente espetacular set da prisão, o West Georgia Correctional Facility, construído parede a parede, cela a cela, pela equipe de desenhistas de produção da série.

Dirigido com agilidade e impacto por Ernest Dickerson, "Seed" segue as trajetórias dos dois grupos que se dividiram na fuga da fazenda que encerrou a segunda temporada. Andrea (Laura Holden) encontrou abrigo com a guerreira Michonne (Danai Gurira), mas as duas (e os dois zumbi-pets de Michonne) ainda estão sem pouso certo, migrando de refúgio em refúgio.

Finalmente, o grupo chega à penitenciária aparentemente abandonada, ou melhor, povoada apenas por guardas e presos zumbificados. Fãs da série de HQ sabem que este é um dos momentos mais intensos e interessantes da saga, explorando em profundidade o que acontece com os sobreviventes de uma sociedade que já deixou de existir e que está operando num vácuo moral regido estritamente pelo instinto de sobrevivência e a lei do mais forte.Liderados com mão cada vez mais firme por Rick Grimes (Andrew Lincoln) os demais sobreviventes, desfalcados de Dale (Jeffrey DeMunn) e Shane (Jon Bernthal), vítimas da segunda temporada, vagueiam por breve tempo, famintos e muito perto do desespero. O fato de Lori Grimes (Sarah Wayne Callies) estar muito grávida torna a situação ainda mais tensa no pequeno grupo de sobreviventes.

A intensidade com que "Seed" estabelece o clima e os temas deste arco de história promete uma terceira temporada digna da fidelidade dos fãs e capaz de atrair até quem não tenha grande intimidade com as HQs de Robert Kirkman. Uma olhada pela claustrofóbica, labiríntica sequencia final do episódio confirma – vem coisa muito boa e muito forte por aí.